terça-feira, 31 de maio de 2011

Breve Histórico

A Op Art nasceu e se desenvolveu simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa, nos anos 60. O termo Op Art surgiu primeiramente na Time Magazine em Outubro de 64, embora alguns trabalhos anteriores hoje possam ser considerados como Op Art. Um exemplo é a obra de Victor Vasarely intitulada A Zebra, de 1938, inteiramente composta de listras diagonais em preto e branco curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada . Pode ser considerada uma das primeiras obras da Op Art.


Tratava-se de uma arte abstrata que trabalhava a ilusão de óptica de forma a confundir o olho humano. Foi um movimento formal e exato que defendia uma arte com menos expressão e mais visualização. Retratava um mundo mutável e instável, que nunca se mantinha o mesmo e provocava um intenso impacto visual. E, diferentemente do concretismo, onde existe um equilíbrio estático entre as figuras geométricas que compõem a obra, na op art as figuras são colocadas de maneira a causar no observador uma sensação de movimento.

Por ser pouco difundida e estar imersa em um grande caldeirão de influências, que vão desde o surrealismo à arte moderna, a Op Art não é considerada um movimento genuíno dentro das artes visuais, sendo reconhecida mais como uma vertente de outras linhas artísticas, como por exemplo a Arte Cinética. O limite entre a Arte Cinética e a Op Art é bastante tênue, o que gera confusão entre estes estilos.

A diferença básica entre ambos é que na Arte Cinética, os processos ópticos são baseados na percepção do movimento real ou aparente da obra, que pode ser plana, bi ou tridimensional, enquanto que, na Op Art, há apenas movimentos virtuais, utilizando-se objetos planos e formas geométricas. Os padrões mais rígidos fazem com que o apuro nas formas e o estudo detalhado dos fenômenos ópticos sejam os principais enfoques da Op Art.

O advento do computador, no entanto, trouxe um novo fôlego à Op Art. As cores metálicas, as formas praticamente matemática e a organização rigorosa dos elementos têm tudo a ver com a "sociedade cibernética".

Em 1965, foi organizada a primeira exposição da Op-art no Museu de Arte Moderna de Nova York: The Responsive Eye (O Olho que Responde). Além de Victor Vasarely, expuseram suas obras: Richard Anusziewicz, Bridget Riley, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry Poons. A exposição, no entanto, não teve muito sucesso.

A Op Art esteve, durante um bom tempo, renegada aos meios considerados "alternativos" nos EUA e Europa. O período posterior à exposição não foi dos melhores para a Op Art, que quase caiu no esquecimento, talvez pelo fato de ser uma arte vazia que não desperta sentimentos nas pessoas, estando mais próxima da ciência do que do homem em si.

Em parte, esse distanciamento surgiu devido à concorrência com a Pop Art, que tomava conta de praticamente todo o cenário artístico mundial, deixando pouco espaço para as demais expressões artísticas.

Rapidamente a Op Art caiu no gosto popular, a medida que estampas geometricas virou moda nos anos 60, quando o confeccionista americano Larry Aldrich encomendou ao desenhista têxtil Julian Tomchin uma coleção de estamparia inspirada nas pinturas Op da inglesa Bridget Riley, a partir daí cópias baratas das estampas foram feitas e espalhadas em blusas, vestidos e saias, o que acabou vulgarizando as obras.

No Brasil, muito embora inexistam representantes típicos da Op Art, produziram obras que dependem em grande parte de efeitos óticos artistas como Ubi Bava e Israel Pedrosa, Almir Mavignier e Maurício Nogueira Lima, entre outros. Um dos principais artistas da op art foi o escultor, pintor e desenhista Luiz Sacilotto.

Principais artistas da Op Art


Victor Vasarely

Foi a figura exponencial da Op Art, de origem húngara, radicado na França.

Bridget Riley

A artista britânica tem papel de destaque e é talvez a mais conhecida dos artitas de Op Art. Inspirando-se em Vasarely, pintou uma série de quadros só com linhas pretas e brancas. No entanto, em vez de dar a impressão de um objecto do mundo real, os seus quadros deixavam frequentemente a impressão de movimento ou cor. Em meados dos anos 60 ao utilizar cores nos seus trabalhos revolucionou o movimento Op Art ao introduzir uma técnica, denominada “Moiré”, através da qual cria um espaço móvel que produz um efeito semelhante a de um estalido de chicote.

Características

  • Confusão entre figura e fundo
  • Profundidade
  • Ilusão de movimento.
  • Muitos dependem da luz ambiente e do movimento para produzir efeitos desejados.
  • Geralmente são preto e branco para causar contraste.
  • Usando linhas de perspectiva para dar a impressão do espaço tridimensional
  • Uso de cores repetitivas e contrastantes
  • As cores são usadas para a criação de efeitos visuais como sobreposição, movimento e interação entre o fundo e o foco principal.
  • Usam-se tons vibrantes, círculos concêntricos e formas que parecem pulsar.
  • Combinação de cores frias e quentes
  • Cores misturadas para dar a impressão da luz e de sombra.
  • Superposição de tramas geométricas
  • Formas abstratas criadas de forma sistemática

Obras

Victor Vasarely


Squares

Bridget Riley


Movement in Squa

Akiyoshi Kitaoka


Expanding Spiral House

Outras obras de
Akiyoshi http://www.psy.ritsumei.ac.jp/~akitaoka/expcont11e.html